Passada a euforia por causa da aprovação no PTE, agora é a hora de encarar o próximo passo, que é a validação do meu diploma e da minha experiência profissional. No meu caso, como sou analista de sistemas, essa validação é feita pela ACS (Australian Computer Society). Este é um dos requisitos para conseguir o visto de residente permanente 189 (Skilled Independent Visa) ou o 190 (Skilled Nominated Visa), ambos direcionados para profissões e especializações que tem alta demanda no mercado de trabalho australiano. Essas especializações são divulgadas anualmente pelo DIBP (Department of Immigration and Border Protection) numa lista chamada SOL (Skilled Occupation List). Há uma infinidade de profissões nesta lista. O curioso é que muitas delas nem são de nível superior, como carpinteiro, mecânico de automóveis e pintor de parede, mas mesmo assim são consideradas "skilled" (qualificadas) pela Austrália. Profissionais de trabalhos manuais ("traders", em inglês) ganham fortunas na Austrália porque há uma carência enorme deste tipo de mão de obra, fazendo com que muitos jovens australianos prefiram não ter o custo de fazer uma faculdade. A SOL é uma lista que é atualizada todos os anos, quando algumas profissões são incluidas e excluídas pelo governo australiano de acordo com a demanda do mercado de trabalho de lá. TI, felizmente, está na SOL desde quando o programa australiano de imigração qualificada começou, mas nada garante que continuará eternamente assim. Então a hora é agora!
O processo de validação do diploma e da experiência profissional é feito totalmente online pelo site da ACS. É uma burocracia meio chata, mas pelo menos é rápido e não é necessário enviar nada pelo correio, como acontece com o processo de algumas outras profissões.
Esses são os documentos que a ACS pede no processo:
- Diploma
- Histórico Escolar (apenas da faculdade)
- Passaporte
- Carta de referência de emprego
É necessário enviar no formato PDF a cópia autenticada desses documentos. Além disso, tudo que não esteja em inglês precisa passar por tradução juramentada (feita por um tradutor profissional com registro oficial). Não adiantaria eu mesmo, por exemplo, traduzir o meu diploma, porque não seria uma tradução oficial. O passaporte não precisa traduzir porque já está escrito em português e inglês. A carta de referência eu escrevi em inglês (seguindo o modelo no site da ACS) e pedi pra minha chefe assinar. Sobrou o diploma e o histórico escolar para serem traduzidos, além da certidão de nascimento, que não é solicitada pela ACS, mas é necessária posteriormente para solicitação do visto. Escolhi a ADM Traduções, que já tinha ouvido falar que é confiável e rápida. Essa empresa é de SP, mas o envio dos documentos digitalizados para eles pode ser feito pelo site. O serviço custou R$460,00 (!!) incluindo o sedex. As traduções eles enviaram por email (PDF) dois dias depois que fiz o pedido, e as impressões chegaram alguns dias depois via Sedex. Ainda gastei mais R$103,00 no cartório pra autenticar a cópia dos documentos originais e a cópia das traduções.
Depois dessa burocra toda, submeti meu pedido no site da ACS hoje, anexando os PDFs e fazendo o pagamento do serviço, que custou a bagatela de AUD 500 (R$1.351,88) !!! O pagamento foi feito por cartão de crédito (esse valor já considera o IOF). Eles avisam no site que o prazo para envio da validação é de 12 semanas, mas pelo que andei vendo nos foruns de imigração na internet, normalmente chega em uma semana. Se tudo der certo, na semana que vem já consigo submeter no site do DIBP (Department of Immigration and Border Protection) o meu EOI (Expression of Interest), que é o próximo passo para conseguir o visto de residente.
Muito bom Relato. Você utilizou algum agente de Imigração? Na documentação da ACS pede que a carta seja marcada como "Certification Valid Copy" como você resolveu essa parte?
ResponderExcluirNão usei agente. Fiz tudo por conta própria. Você precisa enviar uma xerox autenticada em cartório da carta.
ExcluirVocê Autenticou o documento e a assinatura da sua chefe? Eu tenho contracheque da minha época de trabalho você chegou a utilizar algum como prova? Conhece algum fórum ou grupo de rede social que tenha sido útil?
ExcluirSó autentiquei a xerox. Não autentiquei a assinatura. Para a ACS não enviei contracheque. Só enviei para a Home Affairs (antiga DIBP). Conheço o Forum Canguru (canguru.info) e o grupo de whatsapp que comentei nesse blog.
ExcluirFiz uma cópia autenticada da carta em inglês e o selo do cartório ficou em português. Quando você tirou a xerox autenticada também ficou em português o selo do cartório?
ExcluirEstou perguntando porque vou tirar xerox autenticada do diploma e o histórico e vai doer no bolso.
A carta (employment reference) eu escrevi em inglês, autentiquei a xerox no cartório e mandei a xerox autenticada com carimbo em português pra ACS e DIBP. Não tive problemas. O diploma e o histórico, como estavam em português, eu tirei xerox autenticada e mandei traduzir a xerox autenticada, então o carimbo do cartório foi traduzido também pro inglês. Mandei a xerox autenticada em português e a tradução pra ACS e pro DIBP.
ExcluirVocê teve que colocar os valores que recebia nos empregos antigos através de declaração de IR ou algo assim? Porque no modelo da ACS não tem informação sobre necessidade de informar valores.
ResponderExcluirPra a ACS não precisa. Só enviei meus contra-cheques e declaração de IR para o DIBP (que mudou de novo de nome, agora é "Home Affairs").
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